Depois de um tempo de observação do mundo do Crochê iniciei um questionamento se: Tudo que é exclusivo é criativo e/ou original? E se para se ser criativo tem de ser original ?
Rollo May defende a tese no seu livro “A coragem de Criar” que não existe ser humano que não seja criativo, porém as duas condições para que a capacidade de criar se torne patrimônio comum de todos são a coragem e a liberdade.
Coco Chanel iniciou no mundo da moda como chapeleira. O que ela fez?
Foi em uma loja de departamentos, comprou uma porção de chapéus de palha e pregou uma fita de gorgorão azul em torno da copa.
Qualquer um poderia ter feito isso, porém o fato de nenhuma outra pessoa ter feito foi o que a tornou genial de uma forma simples.
Chanel sempre teve coragem e liberdade, utilizando símbolos e modelos de forma criativa transformou o simples e no momento nada exclusivo em peças com originalidade (As pérolas, a Camélia, o vestido preto e um simples chapéu de palha) e acima de tudo com identidade.
(O escritor Jonathan Lethem disse que, quando as pessoas chamam algo de " original", nove entre dez vezes elas não conhecem as referências ou as fontes originais envolvidas.
O que um bom artista entende é que nada vem do nada. Todo trabalho criativo é construido sobre o que veio antes. Nada é totalmente original. ) Trecho do livro : Roube como um artista de Austin Klefon.
No nosso mundo globalizado a coragem criativa se torna bem mais interessante do que a exclusividade sem originalidade.
Está tudo ai para qualquer um ir e fazer, como se faz é o diferencial.